Quem vos fala?

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Repórter por paixão, curiosa por natureza e amante das boas histórias. Sempre à procura delas... vou eu! Há 6 anos (que bom que) têm sido assim. Quer trocar uma ideia? ritadecascia@yahoo.com.br

domingo, 10 de outubro de 2010

Sobre o esforço conjunto e algo mais:

Quem trabalha em televisão, ou pensa em trabalhar, sabe que, na maioria das vezes, o tempo é muito curto para concluir as reportagens.

A equipe da Redetv de Fortaleza sentiu isso recentemente na realização de mais um Good News (programa delicioso de fazer, e que eu, particularmente, adoro).

O bom é que, depois que passam certos pensamentos, tipo (ahhhh, meu Deussss não vai dar certooo!) vem a recompensa.

E sim, sempre tudo dá certo...

Bloco 1:



Bloco 2:

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Da série 'quero ser poeta', achei um escrito do ano passado. Tão atual...

VIDA

Vinte e seis carnavais
Vinte e seis semanas santas

Vinte e seis Páscoas
Vinte e seis Natais

(...)

E muito mais do que vinte e seis réveillons
Em incessante movimento assim chamado:

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Vacationer´s Feelings

Acordar tarde é quase impossível. Sabe criança que entra na escola às 7h e durante as férias acorda ainda mais cedo para brincar, brincar, brincar, brincar, brincar? Ufa! E no fim do dia quase desmaia de sono? Pois é. Lembra.

Estar em férias é quase como viver um período sabático. Para quem aceita o momento. É preciso acolher as manhãs livres, as tardes de leitura e as noites que oferecem milhares de opções. Sem ansiedade. Little by little, diria o cantor.

O aprendizado da ocasião é reconfortante. Sim, o ritmo agora é outro, mas o mundo continua aí, veloz. Frenético. E não... as notícias não sossegam nos portais.

Mas é preciso descer da roda-gigante. Ô se é! De fora, dá pra ver melhor. As engrenagens. Os variados ângulos. As expressões de quem está por lá.

Depois do descanso, na dia e na hora certos... a gente volta. E vai dizer que o retorno ao nosso mundo de lutas, dificuldades, mas muita diversão e estimulantes desafios não fica bem mais interessante, assim?

Eu acho...




terça-feira, 17 de agosto de 2010

Sobre algo que não morre jamais

Um casal de idosos anda de braço dado por Copacabana. Está frio, mas não importa. Eles são, ou pelo menos estão felizes. Na lagoa Rodrigo de Freitas, uma jovem mãe de menos de 30 anos caminha empurrando o carrinho de bebê do filho, conversando com ele. E sim, ele entende.

- Veja quanta coisa bonita há no mundo...

E há mesmo. No Rio de Janeiro a beleza é ainda mais encantadora. Pelo menos na zona Sul. As montanhas são um charme, e aonde quer que você esteja, é extasiante olhar para cima e receber a bênção do Cristo.

No alto dos morros a vista é ainda mais deslumbrante. Só que lá, muita gente nem enxerga beleza. Lá, saber viver faz a diferença entre estar vivo ou morto. Lá é a terra dos band, pra não dizer o nome todo. Quem fala assim não é turista, não. É cearense como eu, mas moradora de uma cidade que, pra ela, não é assim tão maravilhosa.

A labuta no Rio já dura anos. A mulher, antes camareira de hotel, hoje vende côco num dos pontos mais nobres da cidade. Observa o vai e vem. E pensar em ir. Voltar. De vez. Pra terra do sol.

Mas antes é preciso convencer a filha adolescente a deixar um Rio tão cheio de contrastes, e ainda assim extraordinariamente belo e instigante, rumo ao Nordeste. Para a vendedora que fala da família que mora no Ceará com olhos brilhantes, aquela pode até não ser uma cidade maravilhosa, mas, para ela, é a terra da esperança. E esperança ninguém rouba de ninguém.

Amém.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Já na primeira visita à região, descobri a razão de ser daquela música que diz:

- Só deixo o meu Cariri...

Pois é. No último pau-de-arara.

E não sem motivo.

A equipe da RedeTV - Fortaleza esteve lá no mês passado. Voltei maravilhada. Na bagagem, um programa bem bacana.

Parabéns a toda a equipe!!!!

Bloco 1:


Bloco 2:

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Esta reportagem tem uma história e personagens muito especiais.

E uma curiosidade: enquanto a gente gravava uma das crianças me chegou de supetão perguntando:

- Qual foi a reportagem mais legal que você já fez?

Pensei... pensei... pensei.

Hoje, descobri: A reportagem sobre a família dela é forte candidata ao título e, sem dúvida, está na lista das top 10!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Algumas reportagens dão um pouco mais de trabalho do que outras. Mas, quando a gente vê o resultado final, fica feliz.

Falar do Mucuripe é falar da história de bravos pescadores, mas também das esposas deles. Essa reportagem mostra que, assim como eles, elas também são dignas de admiração. São fortes, resistentes.

Coisa de quem vive à beira-mar...

terça-feira, 20 de julho de 2010

A imprevisibilidade da vida assusta. Mas anima, alimenta, dá esperança.

O dia começou com o choque da morte do filho da Cissa Guimarães.
Depois, uma boa (OK, eu diria excelente!) notícia via e-mail.
Então, veio o imprevisto: e três gerações de mulheres da família (entre elas, eu) se encontraram em uma missa de sétimo dia de um senhor de 85 anos. Não o conhecia. Mas, admito: embarguei.
No fim da cerimônia, demos carona a uma senhorinha cheia de vida. Desci do carro e a levei até a porta do prédio. A conversa foi breve. Mas voltei com a alma leve, leve... E com uma certeza: sim... terei uma boa noite.

E que venha o enigmático amanhã. De preferência doce, como o sorriso daquela senhora.


quinta-feira, 3 de junho de 2010

A cidade do berreiro

Esqueça o choro das crianças. No norte do Ceará o berro que mais se ouve é o de um animal típico do Nordeste: o bode. E o melhor: a população adora.

Na pequena Tejuçuoca, cidade a quase 150 quilômetros de Fortaleza, o bode é tratado como rei. Pode ser difícil acreditar, mas a cidade tem cerca de 16 mil moradores e uma média impressionante de um bode por habitante. A economia local, antes focada principalmente na agricultura, hoje gira em torno dele. E o bode tudo dá. Enquanto a parceira contribui com o leite vigoroso, a carne dele vira hambúrguer, lingüiça e até churrasco. Tudo, claro, muito apreciado pela comunidade.

O bichinho, que virou xodó em Tejuçuoca, acredite, é tido por muitos como de estimação. Vive nas casas e tem tratamento especial. Agora, ele se transformou em objeto de programa do governo. Estranho isso? Em Tejuçuoca, não! Em janeiro deste ano foi criado o bolsa-bode. Com ele, jovens de famílias incluídas no bolsa-família recebem uma ajuda mensal e toda a assistência para iniciar o próprio negócio. A idéia é gerar renda à população através do melhor amigo dela... o bode.

E as homenagens ao dono do maior berreiro da cidade não param por aí. Há nove anos, foi criada a Tejubode - hoje a maior feira de agronegócios do Norte e Nordeste. Na edição de 2010, o evento aconteceu entre os dias 21 e 23 de maio e reuniu centenas de pessoas. Tudo começa com um cortejo que pára a cidade. Tem também negócios, gastronomia, corrida com bonecos imitando bodes, shows à noite e muito mais.

O destaque? Optamos pelo concurso de bodes fantasiados. E olhe... eles ficam fofos. A cabra Bita, por exemplo, se transforma em uma noivinha linda, com direito a batom e tudo. Ora, Tejuçuoca é a capital cearense do bode, mas as cabras também estão com tudo. Melhor ainda está Tejuçuoca, renovada pelos animais e nem um pouco incomodada com o berreiro que ecoa pela cidade.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Quanto tempo, hein? Vou tentar vir com mais freqüência por aqui.

Abaixo, artigo publicado no Observatório da Imprensa desta semana.

Boa leitura! :)

JORNALISTAS E FONTES
O encontro essencial

Por Rita Brito em 4/5/2010

Sob a tensão do deadline, deixamos a redação ao encontro deles: políticos, desempregados, artistas, profissionais liberais, donas de casa etc. É gente alegre e triste, ou os dois. Com boas histórias ou lágrimas nos olhos para chorar. Às vezes, tudo o que querem é ser ouvidos. E, assim, começa a reivindicação: é a casa que ameaça desabar morro abaixo, é a condição de vida no campo que não melhora nunca, é a saúde que está na UTI – ou melhor, na fila por uma vaga nesse local tão disputado.

E assim... passam-se os anos. Correm. Quase sem perceber, o repórter recém-formado ganha experiência, aprende os famosos macetes, e mesmo sem perder o frio na barriga em muitas ocasiões vê os ciclos se renovarem.

O jornalismo é como a vida – flui como um rio. A gente sabe que, ao longo do curso, as águas podem ser – e são mesmo – contaminadas. Por gente esclarecida, ou não. Que tem pressa, ou não. Por isso, é trabalho da imprensa (ética, livre e comprometida com a verdade) acompanhar esse trajeto e cobrar que as autoridades façam a limpeza a cada novo pedacinho de papel jogado intencionalmente ou não no rio.

E abra o olho quem puder, ou quiser ver e enxergar: No rio da nossa história não correm apenas pedacinhos de papel. Correm lágrimas de excluídos, mas também suor de trabalhadores que não desistem da honestidade, apesar de todos os pesares. No rio da nossa história correm boas e más intenções, correm a demagogia, a burocracia, mas também a luta e a garra – as melhores amigas da esperança.

Hora mágica

Ah, os esperançosos... seriam eles tolos, ingênuos, idealistas? Ou agentes de uma revolução que se faz necessária e pode vir a se tornar real?A cada um cabe uma resposta, sempre pessoal. Fato é que, contra qualquer argumento, há de se reconhecer que a limpeza do rio nunca cessa, apesar de muitas vezes ela parecer mais lenta do que a sujeira.

Sendo assim, os jornalistas de fato comprometidos devem denunciar todo tipo de ato de vandalismo cometido contra esse grande rio que une a todos nós. Cumprindo esse papel, eles próprios e a sociedade em geral observam que os assuntos, qual figurinhas repetidas no álbum, não mudam. E nem poderiam. Se todos os anos chove e centenas de famílias perdem suas casas, é preciso mostrar essa realidade. Se os hospitais vivem lotados e as pessoas morrem sem atendimento, é preciso denunciar a situação e procurar os culpados.

Para tudo isso, o jornalista precisa correr – assim como o rio. Ter pressa significa cumprir o deadline, fazer com que a realidade seja transmitida país afora. No meio disso tudo só é justo driblar a rapidez em um momento: na hora mágica do encontro entre o jornalista e a fonte. Aí, cabe sentar um pouco, aceitar o café feito exclusivamente para você e ouvir, ouvir muito. Depois? Depois você já sabe. E vai dizer que não dá gosto dormir no fim do dia?

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

let´s start!

O jornalismo, muitas vezes, é fascinante.

Trabalha-se muito, nem sempre ganha-se o que se almeja, mas...

(...) mas pensando sob outro ângulo, algumas vantagens valem a profissão!

rotina? nem sei o que é isso!

E não é todo mundo que passeia de barco num dia, conhece a maior gravura do país no outro e num terceiro pode até cobrir um buraco na rua. (é, porque nem tudo é grandioso. ou reparando bem... é).

Basta descobrir para quem. E garantir uma sonora com essa pessoa!

(É isso, pessoal. Hoje a tarde está tranquila aqui na redetv! A gente conversa mais amanhã! :))

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Olá pessoal!

Bem, o primeiro post é sempre mais difícil.

Mas não vamos fazer disso um 'parto'.

Como telejornalista, vou simplicar a intenção desse blog:

O objetivo é dividir impressões, compartilhar momentos, extrapolar o minuto e meio que muitas vezes temos que seguir.

Enfim, a idéia é conversar um pouco sobre os bastidores do dia-a-dia de uma repórter - esta que vós fala!


A gente se vê em breve! :)